Certamente todos conhecem alguém que já disse querer ser “dono de um banco”, pois bem, isso podo ser verdade agora, graças à nova lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional, de autoria do Poder Executivo, que criou a chamada Empresa Simples de Crédito (ESC).

A ESC não poderá ofertar tantos serviços como um banco comum costuma ter em sua carteira de produtos, mas certamente poderá realizar as operações mais utilizadas pelo público em geral, as operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito, tornando-se um grande atrativo para novos investidores e, principalmente, uma saída muito vantajosa para o pequeno empreendedor, uma vez que as taxas de juros serão muito mais atrativas. Outro público que será um cliente certo para as ESCs será aquele com dificuldades para obtenção de uma linha de crédito junto aos grandes bancos.

Esse novo modelo de negócio vem muito bem regulamentado e não se confunde com a conhecida “agiotagem” ou “factoring”, com várias travas de atuação, como área de atuação limitada e público certo, além de perigos a serem enfrentados por aqueles que irão empreender nessa linha, pois o risco do negócio será maior na medida em que as garantias exigidas pelos grandes bancos será objeto de negociação nesse novo modelo, garantias essas que possivelmente nem serão contratadas.

Assim, as ESCs terão que ser muito cuidadosas e técnicas na contratação dos empréstimos e financiamentos, assegurando-se juridicamente para reduzirem o risco de inadimplência e aumentarem a recuperação de seus créditos.

De qualquer forma, as ESCs representam um grande avanço na legislação financeira e econômica, a qual poderá gerar maior competitividade e queda de taxas de juros.